Friday, September 28, 2007

A vida precisa de banda sonora?

Eu preciso de música sempre, é o meu escape e o meu alívio! Comecei a ouvir música na solidão do meu quarto, depois fiz-me acompanhar por walkmans (com cassetes!!!), mais tarde por discmans e agora até tenho um leitor de MP3! Sempre gostei do isolamento oferecido pela música portátil, como se a nossa música fosse a nossa banda sonora privada adequada a cada momento e pensamento vividos. (Quantos deles não foram potenciados pela música?) Músicas diferentes recordam-me pessoas, épocas, sentimentos e acontecimentos diferentes. E no entanto não consigo entender porque é que os jovenzinhos de hoje andam sempre com os fones nos ouvidos... mesmo quando estão acompanhados. Será que há tão pouco e tão desinteressante para dizer e ouvir? Ou será que estamos perante uma sociedade cada vez mais alheada, isolada e desinteressada de tudo??

Ainda não foi desta que nasceu a minha sobrinha!!!

Estou feliz por isso!

Thursday, September 27, 2007

Nostalgia

Talvez por estar mais perto dos 30 do que dos 20, sinto que estou numa idade nostálgica.
Hoje vieram cá a casa dois amigos (um amigo e uma amiga) da faculdade. Daqueles que estavamos juntos o tempo todo, nas aulas, nas baldas, nas saídas, nos trabalhos... hoje apercebi-me que nos conhecemos há 9 anos!! 9 anos que passaram num abrir e fechar de olhos! Apercebi-me também que não mudamos assim muito, e que aquilo que eu pensava ser uma fase minha, é capaz de não ser. Afinal também a T. não sabe o que quer fazer na vida, (O B. sabe, mas esse é um génio musical), e todos nós sentimos que o tempo passou e não passou por nós.
Quando penso em mim e na minha auto-imagem, continuo a ver-me como uma jovenzita quase teenager mas, parece que estou enganada! Na maioria das vezes ainda me custa a acreditar que sou mãe. Amo a minha filha de uma maneira que nem tem comparação, mas às vezes "esqueço-me" que sou mãe, porque eu não encaixo na ideia que eu própria tenho de mãe.
Não é como se vivesse no passado, mas há coisas do passado que me fazem falta. Sobretudo sentimentos.
Não quero sentir que a vida passou por mim, mas, quanto tempo me falta para descobrir o que quero, quem sou e para onde vou??? Eu diria que a caminho dos 30 tudo seria mais fácil, mas quem diria que aos 15 anos a vida era menos complicada? Mais dramática, mas menos complicada!!!

Tuesday, September 25, 2007

Complicações

Entre constipações já curadas, idas às vacinas, idas à ginecologista (estou pronta para outra!!), idas à ortopedista (por causa de uma tendinite e um quisto num tendão... ai ai que vou à faca!), compra de móveis para a minha sala, troca de viatura (yeaaaahhh), cuidar da P., atentar e ajudar a tia P. que está no hospital (pré-eclâmpsia, mas estável), organizar a casa, idas ao ginásio e mil e uma outras obrigações que tenho actualmente, ando sem tempo para nada!! Muito complicado!! Acho que o regresso ao trabalho vai servir para descansar lolol!
Mamã Anabela, desculpa o esquecimento do baptizado do teu Dioguito... espero que tudo tenha corrido bem! Aguardo pormenores!!
De resto... pode ser que em breve hajam mais novidades e mais tempo para as divulgar!!

Friday, September 7, 2007

Turismo por Lisboa

Hoje tive de me deslocar ao centro da cidade. Era algo que já não fazia há algum tempo. Só quando dei por mim a subir (muito se sobe nesta cidade) por uma das ruas tipicamente lisboetas me dei conta do quanto sentia a sua falta. Lisboa tem um ar levemente decadente que me encanta. Seja pela calçada portuguesa, pelas ruas estreitinhas, pelas constantes obras, pelas casas típicas, ou pelas mansões que nos recordam outros tempos; pelas leitarias que ainda encontramos na baixa, ou pelas vendedeiras com que ainda nos cruzamos, pelos jacarandás em flor (cor de violeta) que muito me recordam os tempos que vivi em Santos, ou pelo céu azul a espreitar no meio dos prédios, a lembrar-nos que existe algo para além da cidade! Sabe-me tão bem sair do metro e descobrir o brilho e a luz de Lisboa! Hoje especialmente apeteceu-me ser turísta nesta cidade que já é minha, e redescobri-la nos seus cheiros e formas e cores!
Ao regressar a casa apercebi-me de quão longa pode ser uma linha de metro. Em 15 min de percurso notei que saí da cidade e entrei numa pequena vila onde toda a gente se conhece e onde ainda existe vida de bairro e vida comunitária. Sinto isto especialmente pelos últimos meses que têm sido passados aqui, longe do rebuliço e da encantadora decadência de Lisboa.

Ps- Que pena tive de não ter a minha máquina fotográfica comigo... vejam www.inlisboa.com para "ilustração".

Ps2- A P. parece adaptada à creche. Já lá dorme sozinha sem chorar; em casa também já vai dormindo! Depois de uns dias complicados com a sopa, já a come muito bem!

Tuesday, September 4, 2007

Terapia

A cozinha pode ser terapêutica. Hoje finalmente resolvi experimentar uma receita indiana, ou melhor, luso-moçambicana-indiana! Encontrei a base aqui http://pratofolio.blogspot.com/search/label/C%C3%B4co, autoria da Nadiuska! Mas fiz umas pequenas alterações. Juntei 3 cabeças de alho, em vez de malagueta verde, usei das vermelhas secas, juntei uma folha de louro, deitei uma pitada de pimenta preta, e juntei uma colher de chá de pó de caril. O jantar regado a vinho branco (BSE) e estava uma delícia! Um autêntico atentado ao meu Plano Alimentar. Sim, porque uma lata de leite de côco tem quase 800 calorias!!!
Uma vez mais uma receita que se recomenda... para atestar e comprovar só o S.!

Liberdade (?!?)

Hoje deixei a P. na creche. Foi só durante 2h30m, mas sinto que perdi tanto tanto... Deixei-a bem e segundo as educadoras ela ficou bem dispostinha e riu-se mesmo com os outros bebés a chorar. Ela só chorou quando começou a ficar com soninho e não tinha o aconchego da maminha. Quando cheguei lá estava ao colo da educadora a chorar baba e ranho... Doeu-me horrores e quase que começava eu a chorar também! Porque raios somos obrigados a deixar os nossos pequenitos assim? Ainda falam de incentivos à maternidade... as horitas de liberdade que tive hoje não me souberam a nada... tinha o corpo num lugar e o espírito noutro... Liberdade seria poder ficar com a minha filhota até ela nao ser tão dependente de mim, seria amamentá-la até não poder mais, seria estimular o desenvolvimento fisico e psicológico, seria amá-la cada dia um pouco mais sem andar a contar os minutos e segundos que faltam para ter de ir trabalhar. Estou revoltada! Eu sabia que ia ser assim, mas... não me parece bem que eles tenham de ficar sós tão cedo, quando o carinho e o amor fazem milagres por uma personalidade em desenvolvimento!
Bem tenho tantas ideias e pensamentos a correrem-me pela mente que nem sei por onde começar... uma questão sobrepõe-se a todas as outras: MAS QUE RAIO DE PAÍS É ESTE??
Com esta me fico...

Monday, September 3, 2007

Update

Comprei um sling (http://aervilhacorderosa.com/shop/). Recomendo e a P. também. Hoje saímos com ele, e a P. gostou tanto que acabou por adormecer, e já está a dormir encostadinha a mim quase há 1 hora.
Fomos entregar as coisitas da P. à creche, amanhã já ela vai lá ficar umas horitas (2h30m +-), para já gostei das educadoras, mas de cada vez que penso em deixá-la parte-se-me o coração! Será que devo sentir-me culpada por saber que, apesar disso, umas horitas de "liberdade" me vão saber bem??
O casamento passou-se, nem bem nem mal, nem doce nem salgado, faltou-lhe, quanto a mim, alegria! A P. fez birra como eu já esperava... a malandrita dorme em todo o lado (inclusivé nas aulas do ginásio), quando queremos que durma, faz birra! Afinal ela precisa é de rotinas, mesmo que sejam estranhas e envolvam música em altos berros, para dormir!
Hoje irei pel última vez à aula de pós-parto (www.kuantosmeses.com): já que as manhãs serão longe da pirralha, as tardes serão para aproveitar até à última! Custa-me despedir-me dessa rotina das 2ªs e 6ªs à tarde porque a Enfª C. tem sido uma ajuda imensa a esclarecer as pequenas dúvidas que diariamente me surgem. Mas já vai sendo tempo e de qualquer maneira conto lá passar mais umas vezes!

Saturday, September 1, 2007

Hoje é dia

Hoje é dia de casamento! Sinceramente sinceramente não estou com muita vontade de ir, mas enfim, obrigações familiares a isso obrigam! Normalmente até gosto de casamentos, talvez porque aqueles a que tenho ido sejam de amigos próximos de quem gosto muito, e assistir à sua união e testemunhar a sua felicidade é também para mim um acontecimento feliz! Há qualquer coisa de muito esperançoso num casamento! Esquecendo toda a coisa da igreja, que tem a validade que tem para quem acredita, é incrivelmente romântico e assustador e corajoso duas pessoas assumirem, perante uma centena (ou mais) de outras pessoas, que se amam, sempre se irão amar e que estarão juntas para o resto da vida!
Eu não sou "casada", mas no dia em que dormi nesta casa pela 1ª vez, lado lado com o S. (não pela 1ª vez, eheh), assumi perante ele e perante mim mesma o mesmo compromisso! Confesso que antes de darmos esse passo tive algumas dúvidas (normais), mas olhando em retrospectiva, não me arrependo! De qualquer maneira, a verdade é que a nossa união acabou por não ter nenhum acontecimento simbólico, nem nenhuma data, nem nada desse género, pura e simplesmente aconteceu.
É isso que o acto de casar tem de bom: oferece uma data a recordar e a acarinhar! Desde que o dia a dia seja feito com amor, respeito, lealdade e amizade não importa se entramos pela porta, pela 1ª vez, de calças de ganga ou de vestido, véu e grinalda! E além disso, maior compromisso do que a P. não existe. Ela sim é o verdadeiro "simbolo" dos nossos sentimentos!